Segundo o sociólogo Julio Jacob Waiselfisz, autor do Mapa da Violência no Brasil nos últimos 30 anos, apontou três causas para o aumento dos crimes: o alastramento da cultura da violência (frise-se aqui como criminalidade), a impunidade e a tolerância institucional com certos tipos de crime.
O que falta na realidade é rever o projeto do que queremos para os nossos semelhantes, habitantes do nosso país (políticas públicas para enfrentar essa realidade): A proibição de pessoas portarem armas no Brasil, faz com que certos grupos de pessoas, que já são mais vulneráveis à criminalidade, estejam então completamente entregues à própria sorte, já que não têm a mínima chance de se defender dos criminosos!!!
Por Cidadão Desarmado e Desprotegido, como
você, brasileiro...
Ele ainda
diz que menos de 5% dos autores desses crimes são presos. O Poder Público,
na sua opinião, tolera crimes principalmente contra jovens e mulheres, culpando
as vítimas: as mulheres seriam acusadas de agir como de forma provocativa, e os
jovens, de usar drogas ou praticar atos de violência.
O presidente do Centro Brasileiro de
Estudos Latino-Americanos (Cebela), Jorge Werthein, disse que está documentado
que as principais vítimas são as crianças, os adolescentes, as mulheres e os
negros. “O que falta é formular
políticas públicas para enfrentar essa realidade”, afirmou.
Violência contra Mulheres
Dados do Mapa da Violência 2012, Homicídios contra
Mulheres no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível original aqui.
Se compartilharmos muitas das
características das agressões contra as mulheres que encontramos em outros
países do mundo, nossa situação
apresenta diversos sinais que evidenciam a complexidade do problema nacional:
• Entre os 80 países do mundo dos quais
conseguimos dados a partir do sistema de estatísticas da OMS, o Brasil, com sua taxa de 4,4 homicídios
para cada 100 mil mulheres, ocupa a 7ª colocação, como um dos países de
elevados níveis de feminicídio.
• Como aponta o Relatório acima mencionado,
altos níveis de feminicídio frequentemente vão acompanhados de elevados níveis
de tolerância da violência contra as mulheres e, em alguns casos, são o
resultado de dita tolerância.
• Se
no ano seguinte à promulgação da lei Maria da Penha - setembro de 2006 - tanto
o número quanto as taxas de homicídio de mulheres apresentaram uma visível
queda, já a partir de 2008 a
espiral de violência retoma os patamares anteriores, indicando claramente que
nossas políticas ainda são insuficientes para reverter a situação.
Não nos cabe dúvidas de que a elaboração de
estratégias mais efetivas de prevenção e redução dessa violência contra a
mulher vai depender da disponibilidade de dados confiáveis e válidos das
condições e circunstâncias de produção dessas agressões. É nesse sentido que
deveremos continuar elaborando nossos estudos, como subsídio às diversas
instituições que atendem ao problema.
Violência contra Afro-Descendentes
Dados do Mapa da Violência 2012, A Cor dos Homicídios
no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível original aqui.
De acordo com dados divulgados do período
entre 2002 e 2010, o número de homicídios de pessoas declaradas de cor branca
passaram de 18867, para 14047, sendo percentual de 41% para 34,5% do total de
mortos.
Já o de pessoas declaradas de cor preta e
pardas, definidos em outro campo como (a somatória destes) negros, passou de 26952, ou
58,6%, para 34983, ou 65,1% do total de mortos no Brasil, uma diferença em
desfavor para a população negra em 149%.
E, pasmem, o número total, contando-se somados
os casos envolvendo orientais e indígenas, passou da carnificina de 45997 mortos
no ano de 2002 – quase 46 mil assassinatos!!!
Para o cenário da Terceira Guerra Mundial no Brasil: 49203 mortos no ano de
2010 – quase 50 mil assassinatos!!!
Entre
2002 e 2010, segundo os registros do Sistema de Informações de Mortalidade,
morreram assassinados no país 272.422 cidadãos negros, com uma média de 30.269
assassinatos ao ano. Só em 2010 foram 34.983 mortos.
Esses
números já deveriam ser altamente preocupantes para um país que aparenta não ter
enfrentamentos étnicos, religiosos, de fronteiras, raciais ou políticos:
representa um volume de mortes violentas bem superior à de muitas regiões do
mundo que atravessaram conflitos armados internos ou externos.
Violência contra Gays
Dados presentes na revista A Capa, do site
do UOL, disponível original aqui.
A
cada 36 horas, um Gay é assassinado no Brasil. O governo federal
não faz levantamentos sobre o número de homicídios de homossexuais no Brasil.
Mas o Grupo Gay da Bahia realiza uma pesquisa com base nas notícias publicadas
na imprensa e cria uma estatística aproximada.
Segundo
o GGB, em 2011 ocorreram 266 homicídios, um recorde, desde que o grupo deu
início ao levantamento em 1970. Foi o sexto ano consecutivo que houve um
aumento de assassinato contra gays, lésbicas e transexuais.
”A
relação é que a cada um dia e meio ocorre uma morte”. O Brasil é um país
relativamente perigoso para homossexuais. Não temos muito o que comemorar neste
17 de maio (de 2012). Além da questão da violência, ações como o kit de combate
à homofobia e a campanha de combate à Aids no Carnaval (com foco na comunidade
LGBT) foram vetadas pelo governo, declarou Marcelo Cerqueira, presidente do
GGB.
Violência contra Crianças e Adolescentes
Dados do Mapa da Violência 2012, Violência
contra Crianças e Adolescentes no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível
original aqui
Homicídios em geral, e os de crianças,
adolescentes e jovens em particular, tem se convertido no calcanhar de Aquiles dos direitos humanos no país, por sua pesada
incidência nos setores considerados vulneráveis, não só pelo preocupante 4°
Lugar que o país ostenta num universo dentre outros 99 países, mas também pelo
vertiginoso crescimento desses índices nas última décadas.
As
taxas cresceram 346% entre 1980 e 2010, vitimando 176.044 crianças e
adolescentes nos últimos trinta anos. Na última década os números e as taxas
de homicídio de crianças e adolescentes, já elevadas, cresceram ainda mais,
passando de 8.132 – taxa de 11,9 em 2000 – para 8.686 – taxa de 13,8
assassinatos para cada 100 mil crianças e adolescentes em 2010.
Dentre os 99 países com dados recentes nas
bases estatísticas da Organização Mundial da Saúde, o Brasil, com sua taxa de
13,0 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes, ocupa a 4ª posição
internacional, só superada por El Salvador, Venezuela e Trinidad e Tobago. Se na faixa de 0 a 4 anos de idade, o Brasil
ocupa a 23ª posição, sobe para a 13ª na faixa de 5 a 9 anos de idade. Já dos 10
aos 14 anos e dos 15 aos 19 anos, o Brasil passa para a 4ª posição, revelando
a gravidade de seus índices.
Nota indignada do Cidadão Desarmado e Desprotegido:
Tudo
isso em estudo científico, publicado e muito bem divulgado – por quem? Note que
nada disso é divulgado, ou os dados são manipulados, enquanto a ONGs desarmamentistas abocanham milhões para
“enxugar gelo”, que é a definição mais correta da campanha do desarmamento...
E
tudo isso com a proibição do Porte de Armas de Fogo em vigor no Brasil, o
Estatuto do Desarmamento, que consome Milhões de Reais do erário público (NOSSO
DINHEIRO) todos os anos, retirando de circulação as Armas das Pessoas de Bem.
E
como não bastasse o DINHEIRO DO POVO sendo muito mal gasto em campanhas e
estatutos inúteis, porque se fossem eficientes, as mortes cairiam no Brasil, o
contrário do que aconteceu: diariamente vemos na mídia que falta dinheiro para
investimentos em coisas básicas (por isso o Brasil é considerado
subdesenvolvido), tais como Infra-estruturas Básicas, como Saneamento, Pavimentação
de Ruas e Estradas, Ferrovias, Postos de Saúde, Hospitais, Moradias, Escolas,
Universidades, Espaços de Lazer, etc...
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