sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mulheres, Afro-Descendentes, Gays, Crianças e Adolescentes são as maiores vítimas do desarmamento


Segundo o sociólogo Julio Jacob Waiselfisz, autor do Mapa da Violência no Brasil nos últimos 30 anos, apontou três causas para o aumento dos crimes: o alastramento da cultura da violência (frise-se aqui como criminalidade), a impunidade e a tolerância institucional com certos tipos de crime.

O que falta na realidade é rever o projeto do que queremos para os nossos semelhantes, habitantes do nosso país (políticas públicas para enfrentar essa realidade): A proibição de pessoas portarem armas no Brasil, faz com que certos grupos de pessoas, que já são mais vulneráveis à criminalidade, estejam então completamente entregues à própria sorte, já que não têm a mínima chance de se defender dos criminosos!!!



Por Cidadão Desarmado e Desprotegido, como você, brasileiro...

Ele ainda diz que menos de 5% dos autores desses crimes são presos. O Poder Público, na sua opinião, tolera crimes principalmente contra jovens e mulheres, culpando as vítimas: as mulheres seriam acusadas de agir como de forma provocativa, e os jovens, de usar drogas ou praticar atos de violência.

O presidente do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), Jorge Werthein, disse que está documentado que as principais vítimas são as crianças, os adolescentes, as mulheres e os negros. “O que falta é formular políticas públicas para enfrentar essa realidade”, afirmou.


Violência contra Mulheres

Dados do Mapa da Violência 2012, Homicídios contra Mulheres no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível original aqui.

Se compartilharmos muitas das características das agressões contra as mulheres que encon­tramos em outros países do mundo, nossa situação apresenta diversos sinais que evidenciam a complexidade do problema nacional:

• Entre os 80 países do mundo dos quais conseguimos dados a partir do sistema de estatísti­cas da OMS, o Brasil, com sua taxa de 4,4 homicídios para cada 100 mil mulheres, ocupa a 7ª colocação, como um dos países de elevados níveis de feminicídio.

• Como aponta o Relatório acima mencionado, altos níveis de feminicídio frequentemente vão acompanhados de elevados níveis de tolerância da violência contra as mulheres e, em alguns casos, são o resultado de dita tolerância.

Se no ano seguinte à promulgação da lei Maria da Penha - setembro de 2006 - tanto o número quanto as taxas de homicídio de mulheres apresentaram uma visível queda, já a partir de 2008 a espiral de violência retoma os patamares anteriores, indicando claramente que nossas políticas ainda são insuficientes para reverter a situação.

Não nos cabe dúvidas de que a elaboração de estratégias mais efetivas de prevenção e redução dessa violência contra a mulher vai depender da disponibilidade de dados confiáveis e válidos das condições e circunstâncias de produção dessas agressões. É nesse sentido que deveremos continu­ar elaborando nossos estudos, como subsídio às diversas instituições que atendem ao problema.


Violência contra Afro-Descendentes

Dados do Mapa da Violência 2012, A Cor dos Homicídios no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível original aqui.

De acordo com dados divulgados do período entre 2002 e 2010, o número de homicídios de pessoas declaradas de cor branca passaram de 18867, para 14047, sendo percentual de 41% para 34,5% do total de mortos.

Já o de pessoas declaradas de cor preta e pardas, definidos em outro campo como (a somatória destes) negros, passou de 26952, ou 58,6%, para 34983, ou 65,1% do total de mortos no Brasil, uma diferença em desfavor para a população negra em 149%.

E, pasmem, o número total, contando-se somados os casos envolvendo orientais e indígenas, passou da carnificina de 45997 mortos no ano de 2002 – quase 46 mil assassinatos!!! Para o cenário da Terceira Guerra Mundial no Brasil: 49203 mortos no ano de 2010 – quase 50 mil assassinatos!!!

Entre 2002 e 2010, segundo os registros do Sistema de Informações de Mortalidade, morreram assassinados no país 272.422 cidadãos negros, com uma média de 30.269 assassinatos ao ano. Só em 2010 foram 34.983 mortos.

Esses números já deveriam ser altamente preocupantes para um país que aparenta não ter enfrentamentos étnicos, religiosos, de fronteiras, raciais ou políticos: representa um volume de mortes violentas bem superior à de muitas regiões do mundo que atravessaram conflitos armados internos ou externos.


Violência contra Gays

Dados presentes na revista A Capa, do site do UOL, disponível original aqui.

A cada 36 horas, um Gay é assassinado no Brasil. O governo federal não faz levantamentos sobre o número de homicídios de homossexuais no Brasil. Mas o Grupo Gay da Bahia realiza uma pesquisa com base nas notícias publicadas na imprensa e cria uma estatística aproximada.

Segundo o GGB, em 2011 ocorreram 266 homicídios, um recorde, desde que o grupo deu início ao levantamento em 1970. Foi o sexto ano consecutivo que houve um aumento de assassinato contra gays, lésbicas e transexuais.

”A relação é que a cada um dia e meio ocorre uma morte”. O Brasil é um país relativamente perigoso para homossexuais. Não temos muito o que comemorar neste 17 de maio (de 2012). Além da questão da violência, ações como o kit de combate à homofobia e a campanha de combate à Aids no Carnaval (com foco na comunidade LGBT) foram vetadas pelo governo, declarou Marcelo Cerqueira, presidente do GGB.


Violência contra Crianças e Adolescentes

Dados do Mapa da Violência 2012, Violência contra Crianças e Adolescentes no Brasil, de Julio Jacob Waiselfisz, disponível original aqui


Homicídios em geral, e os de crianças, adolescentes e jovens em particular, tem se convertido no calcanhar de Aquiles dos direitos humanos no país, por sua pesada incidência nos setores considerados vulneráveis, não só pelo preocupante 4° Lugar que o país ostenta num universo dentre outros 99 países, mas também pelo vertiginoso crescimento desses índices nas última décadas.

As taxas cresceram 346% entre 1980 e 2010, vitimando 176.044 crianças e adolescentes nos últimos trinta anos. Na última década os números e as taxas de homicídio de crianças e adolescentes, já elevadas, cresceram ainda mais, passando de 8.132 – taxa de 11,9 em 2000 – para 8.686 – taxa de 13,8 assassinatos para cada 100 mil crianças e adolescentes em 2010.

Dentre os 99 países com dados recentes nas bases estatísticas da Organização Mundial da Saúde, o Brasil, com sua taxa de 13,0 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes, ocupa a 4ª posição internacional, só superada por El Salvador, Venezuela e Trinidad e Tobago. Se na faixa de 0 a 4 anos de idade, o Brasil ocupa a 23ª posição, sobe para a 13ª na faixa de 5 a 9 anos de idade. Já dos 10 aos 14 anos   e dos 15 aos 19 anos, o Brasil passa para a 4ª posição, revelando a gravidade de seus índices.


Nota indignada do Cidadão Desarmado e Desprotegido:


Tudo isso em estudo científico, publicado e muito bem divulgado – por quem? Note que nada disso é divulgado, ou os dados são manipulados, enquanto a ONGs desarmamentistas abocanham milhões para “enxugar gelo”, que é a definição mais correta da campanha do desarmamento...

E tudo isso com a proibição do Porte de Armas de Fogo em vigor no Brasil, o Estatuto do Desarmamento, que consome Milhões de Reais do erário público (NOSSO DINHEIRO) todos os anos, retirando de circulação as Armas das Pessoas de Bem.

E como não bastasse o DINHEIRO DO POVO sendo muito mal gasto em campanhas e estatutos inúteis, porque se fossem eficientes, as mortes cairiam no Brasil, o contrário do que aconteceu: diariamente vemos na mídia que falta dinheiro para investimentos em coisas básicas (por isso o Brasil é considerado subdesenvolvido), tais como Infra-estruturas Básicas, como Saneamento, Pavimentação de Ruas e Estradas, Ferrovias, Postos de Saúde, Hospitais, Moradias, Escolas, Universidades, Espaços de Lazer, etc...


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