domingo, 15 de setembro de 2013

Desarmamento dos inimigos do Rei: "PT x MST": por que o proprietário rural também não pode se defender? Em terras do PT – Subsecretário da Bahia contém fúria do MST a tiros; o curioso é que movimento comanda uma pasta do governo

O subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ari Pereira, fez disparos de arma de fogo na manhã desta terça-feira (10) para dispersar integrantes do MST que haviam invadido o prédio da secretaria em Salvador. O protesto cobrava agilidade nas investigações sobre o assassinato, em abril deste ano, de um dirigente do MST na zona rural de Iguaí (sudoeste da Bahia).Ninguém ficou ferido durante a confusão. Segundo a secretaria, cerca de 500 sem-terra invadiram o prédio “armados com foices, facões, machados, enxadas e paus”.“Eles já ocupavam o térreo e pretendiam subir às escadas para ter acesso aos outros pavimentos quando foram impedidos por um disparo de advertência. A ação fez os manifestantes recuarem e garantiu a integridade dos servidores que já tinham chegado ao trabalho e das instalações do prédio”, diz trecho da nota divulgada pela pasta do governo Jaques Wagner (PT).


Na coluna do Rodrigo Constantino: aqui.

"Aos amigos, as benesses da lei: aos inimigos o rigor da lei"

Os disparos, segundo a pasta, foram “a medida mais rápida e mais adequada para aquele momento”, uma vez que era horário da troca de guarda e não havia muitos seguranças no local.

Certo. Então quer dizer que o governo do PT pode se defender com tiros da invasão do MST, mas os proprietários rurais não? Um peso, duas medidas? Por que esse privilégio?

Bene Barbosa, presidente da ONG Viva Brasil, que luta contra o desarmamento dos cidadãos pelo estado, resumiu em sua página do Facebook: “Petista atirando em invasores do MST no estado campeão de desarmamento da população! Não pensei que viveria para ver isso!”

De fato, o que chama a atenção é o de sempre: aos “amigos do rei” vale tudo; já o povo, que se vire! O subsecretário pode ter uma arma à sua disposição e usá-la para se defender de uma invasão de propriedade; mas se um cidadão comum tiver a mesmíssima reação, está frito.

O MST usa e abusa do “direito” de invadir propriedades, e quando alguém reage a bala, logo é visto como o vilão da história. Afinal, o MST luta pela “justiça social”, e vale tudo pelo social, né?

O que os liberais defendem é algo mais simples: igualdade perante as leis e direito de legítima defesa. Nesse caso, o que o subsecretário fez, que está correto, deveria ser válido igualmente para todos os cidadãos de bem: ter uma arma em sua propriedade e usá-la se for o caso, para se defender de invasores. Liberalismo é pela igualdade; esquerdismo, pelo privilégio das autoridades.

PS: Não deixa de ser irônico ver o PT, agora no poder, ser alvo do braço armado revolucionário que sempre ajudou a alimentar.

Em terras do PT – Subsecretário da Bahia contém fúria do MST a tiros; o curioso é que movimento comanda uma pasta do governo

Da coluna do Reinaldo Azevedo, aqui.

Quando a PM do Pará atirou no MST, qualificaram como "massacre"

Pois é… Coisa igual nunca se viu. Fico cá a imaginar se o episódio tivesse acontecido no governo de um partido, como é mesmo?, “reacionário”, “conservador”, “de direita”, “dazelite”… O mundo viria abaixo. A esta altura, a gritaria nas redes sociais seria ensurdecedora. A imagem correria o mundo. Memes teriam sido criados e já teriam se multiplicado aos milhões. Mas, sabem cumé, tudo se deu no governo do PT. E os adversários do partido não são exatamente ágeis. A que me refiro?

O MST, com os métodos trogloditas de sempre, decidiu invadir a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar agilidade na investigação do assassinado de um dirigente do movimento, ocorrido em abril, na zona rural de Iguaí. Como os policiais não conseguiram conter o grupo, Ari Pereira, subsecretário da pasta, não teve dúvida: efetuou disparos com uma arma de fogo — fala-se em três; a secretaria diz que foi apenas um — para conter o ânimo dos exaltados, que estavam armados de foices, paus, machados, facões, essas coisas que o MST costuma usar para argumentar. A foto no alto é do próprio MST e registra o subsecretário com a arma na mão.

Há uma nota a respeito do site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, a saber (em vermelho):

Armados com foices, facões, machados, enxadas, facas e pedaços de pau, integrantes do Movimento dos Sem-terra (MST) invadiram, por volta das 8 horas de hoje (10), a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), localizada no Centro Administrativo da Bahia. Eles ocuparam o térreo e, após tentarem tomar a arma de um soldado da guarda, já iam subir as escadas de acesso aos outros pavimentos, quando foram impedidos por um disparo de advertência.
Esta rápida ação fez os manifestantes – homens, mulheres, adolescentes e até crianças – recuarem, o que garantiu a integridade dos servidores, que já começavam a chegar ao trabalho, e das instalações do prédio. A Secretaria da Segurança Pública esclarece que o MST, com carro de som, suprimentos e acampado em barracas em torno da sede da instituição, não apresentou, até o final da manhã, qualquer pauta reivindicatória. A SSP também afirma estar aberta ao diálogo com o Movimento do Sem-terra, embora repudie qualquer manifestação violenta, que ameace a integridade dos funcionários e as instalações físicas de suas dependências.

Comento

A pasta também divulga fotos da invasão (acima). Se foi assim como diz a nota, com tentativa até de tomar arma de policial (e nada que venha dos bravos comandados de João Pedro Stedile me surpreende), considerando especialmente que se trata da Secretaria de Segurança Pública, e se o tiro foi mesmo só de advertência, digamos que a coisa tente ser compreensível… Mas não dá! É indesculpável a evidência, mais uma, de escandalosa incompetência.

Por quê? E se, apesar do tiro, a turma tivesse avançado? Ari iria fazer o quê? Atirar para matar? Pior: o grupo poderia lhe ter tomado a arma. Dado um tiro, outros policiais presentes poderiam fazer o mesmo.

Parece-me que o correto — e sei que isso demoraria algum tempo, mas era o mais seguro — teria sido acionar a tropa de choque da Polícia Militar, não é? Ela poderia, a depender do tempo, ter coibido a invasão ou efetuado a desocupação. O que é mais curioso é que esse tipo de ação ocorre, e ninguém é preso; ninguém responde pela bagunça. Digam-me aqui: o que vocês acham que aconteceria se um baiano comum, que não pertença ao “movimento social”, decidisse invadir a Secretaria de Segurança Pública e tomar a arma de um policial?

A nota da secretaria sugere que se agiu com a devida energia e a tempo. Ao contrário: fica caracterizada, uma vez mais, a bagunça que vive essa área da administração na Bahia, o que talvez explique a escandalosa escalada de homicídios no estado sob a gestão petista.

MST é prata da casa

Vejam esta foto.

MST foi comprado na Bahia; preço: uma secretaria...
O MST, de resto, é unha e carne com o governo da Bahia. Em 2011, os valentes invadiram a Secretaria de Agricultura do Estado. O que fez o governador Jaques Wagner? Recorreu à Justiça para obter a reintegração de posse, uma obrigação funcional sua? Não! Passou a alimentar a turma com 600 quilos de carne por dia. Era tanta comida que as sem-terra passaram a salgar a carne para que não apodrecesse (imagem acima).

Vinte dias depois da desocupação, Wagner nomeou Vera Lúcia da Cruz Barbosa para a Secretaria de Políticas para as Mulheres. E quem é Vera? Dirigente do MST, membro da Via Campesina e integrante da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS). Ou por outra: a turma que invadiu a Secretaria de Segurança Pública da Bahia e foi contida a tiros está no… governo da Bahia.

Entenderam?


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