sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Discurso sem argumentos de 'ONGueiros defensores de bandidos': "Percepção da violência nem sempre reflete realidade", diz (especialista? do quê?). Coordenadora de Justiça e Segurança Pública da ONG Sou da Paz afirma ser preciso dissociar ação de "justiceiros" do aumento da criminalidade e alerta sobre "populismo penal", citando o projeto antiterrorismo.


Rá rá rá! O discurso oportunista dos defensores de bandidos não muda mesmo!!! Até quando??? Até um vagabundo matar algum parente querido seu??? Daí mudará??? Ou esses aproveitadores pedirão desculpas aos seus algozes, de joelhos, por uma sociedade "injusta, que os levou a uma vida de crimes???" Ora, vão lamber as botas de Fidel Castro, seus pulhas! Com um discurso vazio, ela repete várias vezes o que 'ela' chama "Populismo Penal", "discurso generalista" (que precisa desconstruído - tática conhecida desses comunistas); ainda: "esse tipo de discurso para justificar práticas de linchamento"; e agora, vem as contradições desses tipinhos que defendem ladrões, assassinos e estupradores: (as maiores vítimas de roubo são) "Gente pobre, batalhadora, que está pagando o seu celular em 20 vezes, vai ter o aparelho levado no ponto de ônibus a caminho do trabalho" (claro, com a sociedade desarmada, ainda tem que implorar para não ser executado sumariamente); E (depois que desarmam o cidadão, reconhecem que os que mais sofrem com os homicídios são os que mais precisariam de armas para auto-defesa): "o homicídio choca muito, mas é um crime que se concentra nas regiões periféricas e pobres. Por isso pauta menos o debate público e acaba também afetando menos a percepção de segurança. Claro que isso não vale para os moradores destas zonas, que sentem muito medo"; e depois a idiotice-mor: A primeira (ação a ser feita) delas é "reduzir o número de armas em circulação..." Sempre a mesmice!!! E segue as baboseiras: "lógica reativa"; "discurso que vende", lógico que é reação sim: as pessoas reagem à tudo o que não presta! E ainda acham que nós, que defendemos a Vida, a Família, a Propriedade e a Legítima Defesa, precisamos fazer discursos hipócritas, oportunistas, para defender o que realmente a Sociedade quer e, finalmente sente que precisa!!!




Vejam, na íntegra a entrevista (se aguentarem ler essa jossa) da 'especialista em defender bandidos, dos 'ONGueiros' financiados com dinheiro público', a "ONG Sou da Paz":

Desde o fim de janeiro, quando um adolescente de 15 anos foi agredido e preso nu a um poste no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, episódios dos chamados "justiceiros" passaram a chamar a atenção pelo Brasil.

Muitas vezes, tais atos são "justificados" com um suposto aumento da criminalidade, diante da qual o "cidadão comum" deve reagir. Mas, segundo Carolina Ricardo, coordenadora de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, ONG de combate à violência, a relação entre justiçamento e insegurança não é correta.

Ela ressalta que nem sempre a percepção das pessoas corresponde à realidade. Na Bahia, por exemplo, onde houve um justiçamento recente, roubos caíram pela metade entre 2011 e 2012.

Carolina Ricardo alerta também para uma atitude reativa dos brasileiros em relação à violência, visível em um clamor social por aumento de pena e criação de novos crimes. "Um congressista propõe uma lei e ganha a opinião pública porque as pessoas tampouco têm claras as origens dos problemas. É o que chamamos de populismo penal", diz, citando como exemplo o projeto de lei antiterrorismo, que tramita no Senado e ganhou força após a morte do cinegrafista Santiago Andrade no Rio.

DW: Muitas vezes a justificativa usada por defensores dos "justiceiros" é um suposto crescimento da violência e uma inação do Estado. Até que ponto isso é verdade?

Carolina Ricardo: É preciso desfazer a relação entre esse fenômeno e um aumento da criminalidade. Esses linchamentos e processos de punição individual são um tipo de violência complexo, que reflete uma falta de confiança nas estruturas do Estado e na Justiça. Há também uma questão cultural e histórica. Existem padrões violentos na sociabilidade brasileira que não são de agora.

Essa afirmação recorrente de que a violência aumentou no Brasil está correta?

Qualquer discurso generalista como esse precisa ser desconstruído. Na verdade é uma percepção de violência, que nem sempre reflete dados reais. Se eu tenho medo, pouco importa se diminuiu ou aumentou. Em relação às estatísticas, é muito difícil fazer uma análise sobre o país como um todo, porque a realidade brasileira é muito diversa. Depende do estado, da cidade e até mesmo do bairro. Então esse tipo de discurso para justificar práticas de linchamento não funciona. Além disso, há vários tipos de crime e de violência.

O que pode ser feito para que o cidadão se sinta mais seguro?

Para diminuir essa percepção de violência, é muito importante que haja esclarecimento dos crimes e que isso venha a público. O Estado tem que mostrar que há uma investigação séria. Não de forma sensacionalista, mas prestando contas dos casos resolvidos. Sem isso as pessoas continuam com medo. E esse discurso da impunidade e falta de confiança no poder público, usado para justificar práticas de linchamento, segue forte.

Qual crime influencia mais a sensação de segurança do cidadão?

Certamente é o roubo o que mais afeta percepção de violência das pessoas. Até em termos quantitativos, porque é o crime do varejo. Informações como "fulano foi roubado na frente da minha casa" circulam com muita força, mais até do que sobre homicídios. O roubo é praticado com violência, então gera um trauma para vítima, a pessoa fica com medo e impacta a forma como ela vive a cidade. Em relação ao latrocínio [roubo seguido de morte], o pânico é ainda maior.

E o que as estatísticas mostram em relação aos roubos?

Para crimes contra o patrimônio é mais difícil fazer um balanço nacional. Há muita sub-notificação, as vítimas deixam de fazer boletim de ocorrência. Mas, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Rio de Janeiro, por exemplo, os roubos diminuíram de 2011 para 2012. Já os roubos de veículo aumentaram no mesmo período. Este é um dado mais confiável em termos de registro, devido ao seguro. Em São Paulo ambos os crimes aumentaram entre 2011 e 2012.

Os roubos afetam igualmente todas as classes?

Tendemos a achar que os crimes contra o patrimônio só atingem os mais ricos. Mas não é verdade. É um crime muito democrático. Em São Paulo, os bairros que mais concentram roubos de veículos estão na periferia. Gente pobre, batalhadora, que está pagando o seu celular em 20 vezes, vai ter o aparelho levado no ponto de ônibus a caminho do trabalho. E os roubos têm uma taxa de esclarecimento muito baixa, por isso precisamos melhorar a capacidade de investigação das polícias no Brasil.

E quanto aos homicídios?

O homicídio choca muito, mas é um crime que se concentra nas regiões periféricas e pobres. Por isso pauta menos o debate público e acaba também afetando menos a percepção de segurança. Claro que isso não vale para os moradores destas zonas, que sentem muito medo.

Os homicídios aumentaram ou baixaram nos últimos anos?

Entre 2011 e 2012, os homicídios no país, de uma forma geral, cresceram, segundo o Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Publica. Mas não de forma homogênea. O Acre aumentou 24%, por exemplo, enquanto Rio de Janeiro e Pernambuco conseguiram diminuir a taxa. Além disso, ao longo da década de 2000 houve uma queda dos homicídios. No final dos anos 90, o crime era concentrado em regiões metropolitanas como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais. Nos anos 2000, esses estados reduziram a taxa. Houve então uma mudança e, hoje, estados do Norte e do Nordeste vivem um aumento importante dos homicídios.

Porque essa mudança aconteceu?

Não há somente uma explicação. Várias medidas são importantes. A primeira delas é reduzir o número de armas em circulação. Estados que tiveram políticas de controle mais eficientes, com campanhas de entrega de armas, apreensões e segurança de estoque tiveram redução dos homicídios. Outro fator importante é a investigação. No Brasil a taxa de esclarecimento de homicídios é baixa, de 8%. Na Espanha, é de cerca de 80%. Uma vez, em Nova York, perguntei a um policial quantos inquéritos eram investigados. Ele sequer entendeu a pergunta. Para ele não havia a possibilidade de não investigar um crime registrado.

E as alterações no código penal, são boas respostas aos crimes?

Sempre que temos um debate no Congresso sobre violência e segurança pública é sempre dentro de uma lógica reativa. Acontece um crime bárbaro, todo mundo fica com medo, e tentam endurecer a pena. O maior exemplo disso agora é a tipificação do crime de terrorismo. Claro, aconteceu um evento muito sério com a morte do cinegrafista. Mas não dá para simplesmente criar um crime novo como resposta ao que aconteceu. O problema é muito anterior.

Este é um comportamento típico no Brasil?

Sim, é uma reação comum. E só gera mais medo. Contribuí pouco para um debate racional e qualificado. Não é que não se possa debater a pena, mas, quando se discute segurança pública, há muitas questões mais importantes e efetivas do que a penal. O nosso arcabouço jurídico já é enorme, o problema é que não temos uma estrutura organizada para colocá-lo em prática. Como a pena baixa pode ser a causa da impunidade se sequer conseguimos chegar aos atores porque os crimes não são esclarecidos?

Mas estas medidas encontram eco na sociedade...

É um discurso que vende, que emplaca muito, porque o único repertório de resposta que as pessoas e o poder público têm é mais punição, mais prisão. Um congressista propõe uma lei e ganha a opinião pública, porque as pessoas tampouco têm claras as origens dos problemas. É o que chamamos de populismo penal. Se discute pouco a gestão e a questão penal aparece como solução milagrosa. Só que, nos últimos 20 anos, centenas de novos crimes foram criados [na legislação]. Se isso resolvesse, nós não teríamos estes problemas sérios de segurança pública.

Entrevista presente no site (DW Brasil) DW.de



Nenhum comentário:

Postar um comentário